Resumo: Apesar de passar-se grande parte da vida estudando, pouquíssima ou quase nenhuma parte dos anos de estudo é dedicada ao ensino do como estudar. Espera-se, por meio do ensino e avaliação dos vários outros conceitos e competências, que a prática constante de estudo, por si própria, seja capaz de habilitar o indivíduo a aprender de forma eficaz. Seria 'saber aprender' uma competência inata dos indivíduos? E a prática do estudo um processo capaz de desenvolvê-la em seu completo potencial? Teriam os ingressantes da graduação maturado esta competência a ponto de não ser necessário avaliar o seu domínio? A avaliação do aprendizado das demais competências – línguas, matemática, ciência e suas tecnologias – seria suficiente para atestar a habilidade de aprender do estudante? Afinal, a graduação e, posteriormente, a pós-graduação, constituirão os anos de estudo mais intensos da vida e quando mais se necessitará de um domínio completo de técnicas eficazes de aprendizagem. Na direção das respostas para estas perguntas, apresenta-se aqui uma pesquisa de finalidade básica, com estudo exploratório, de natureza quasi-qualitativa e delineamento de pesquisa documental, sobre resultados científicos das peculiaridades do aprendizado e memória humanos. Destaca-se o quão iludidos estão os estudantes, em geral, em relação a sua habilidade de aprender e à eficácia das técnicas que usam durante o estudo. Esclarecendo alguns mitos e ilusões à luz de resultados científicos e apresentando técnicas mais efetivas – como o conceito de dificuldades desejadas, intercalação, testes distribuídos, aptidão e desenvolvimento da criatividade – tem-se o objetivo de conscientizar os estudantes dos resultados da ciência a este respeito e fomentar a potencialização do aprendizado de longo prazo.

Palavras-chave: Autoaprendizagem; Ilusões e Mitos de Aprendizado; Técnicas de Aprendizado Eficazes.

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Citação: Thiago Borges de Oliveira. Ensino da arquitetura funcional da memória, ilusões, mitos e técnicas para um aprendizado efetivo: tornando-se um aprendiz sofisticado. Itinerarius Reflectionis, 17(2), 1--19, 2021. DOI: 10.5216/rir.v17i2.68156

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